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Cosmetologia associada a eletroterapia aplicada ao pré e pós-operatório de cirurgia plástica

Por Dra. Paula França – Fisioterapeuta Dermato Funcional

O índice de cirurgias plásticas estéticas cresce a cada dia no Brasil. Segundo dados do ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgias Plásticas para Fins Estéticos), o Brasil encontra-se em segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas.

A busca pela beleza, pelo corpo perfeito e pela forma ideal faz com que a procura pelas cirurgias plásticas aumente a cada dia. Estes procedimentos, tem o intuito de harmonizar o corpo. (1)

O sucesso ou eficiência da cirurgia plástica, não depende apenas do procedimento cirúrgico e do cirurgião, mas, também de uma abordagem pré e pós-operatória de um profissional esteta que tenha um embasamento técnico científico e vivência prática.

Para uma abordagem segura e eficaz, o profissional esteta deve ter domínio e bases sólidas sobre anatomia, fisiologia, cosmetologia, eletroterapia e drenagem linfática e não apenas dos procedimentos cirúrgicos. (2)

No pré-operatório, os cuidados estéticos possibilitam melhorar as condições da pele e dos tecidos da região que será operada. Esses cuidados devem ser realizados de maneira regular, uma ou duas vezes por semana, por um período de, no mínimo, 30 dias antes da cirurgia, visando estimular a elasticidade cutânea dos tecidos superficiais e profundos, aumentar a hidratação, oxigenação, reduzir edema, desintoxicar o tecido, etc. (2)

Esta abordagem torna-se mais eficaz e satisfatória com a associação dos recursos eletrotermofototerápicos com a cosmetologia.

O preparo adequado no pré-cirúrgico é a condição fundamental para um resultado mais harmônico, simétrico e mais tranquilo para o paciente posteriormente, quando ele se deparar com os incômodos pós-cirúrgicos. Ele também é importante na diminuição da ansiedade que antecede a cirurgia, contudo, os profissionais envolvidos devem ter sensibilidade suficiente para saber diferenciar a ansiedade fisiológica, natural, daquela ansiedade patológica, que pode ser prejudicial ao processo. (3)

De uma forma geral, o pré-operatório funciona também como orientação para o paciente. É nesse momento que é preparado o mesmo para a cirurgia, onde se conhece suas limitações e começa-se a traçar o plano de tratamento pós cirúrgicos. (4,5)

É importante, sempre que possível, o diálogo entre todos os profissionais envolvidos no tratamento deste paciente, a fim de juntos conseguirem um melhor resultado final.

No pós-cirúrgico, o profissional esteta terá como um de seus objetivos a estimulação do local, favorecer a redução do edema, minimizar o quadro doloroso e promover um melhor resultado no processo de cicatrização.

A abordagem pós-operatória conta com recursos como Drenagem Linfática Manual, técnicas de massagem, agentes térmicos como frio e calor, Vacuoterapia, Ultrassom, Microcorrentes, Alta Frequência LED e LBI e, Eletroestimulação Neuromuscular. (6)

Dentre as técnicas estudas para prevenção de cicatrizes inestéticas, o controle do fator de crescimento transformador beta – I, o LED e LBI parecem ser as melhores opções, porém, entre eles existem fortes evidências científicas de que o laser é um grande promissor tanto na prevenção quanto no tratamento de cicatrizes hipertróficas e queloides. (7)

Nos traumas mecânicos, como na cirurgia plástica, pode haver alteração estrutural ou funcional dos vasos linfáticos, causados por laceração ou compressão (hematoma, fibrose). Essa obstrução mecânica modificará substancialmente o equilíbrio das tensões, resultando inevitavelmente em edema. (8)

A massoterapia só deverá ser usada e com cautela, a partir da fase de maturação, pois seus movimentos podem provocar descolamento tecidual, retardando a recuperação, já que os tecidos foram descolados no ato cirúrgico e precisam se aderir para que haja restauração. (9)

A utilização do calor em pós cirurgia plástica tem como objetivo melhorar a qualidade do tecido cicatricial, tratar as fibroses e aderências (normalmente a partir da fase de proliferação). (4)

As intenções da utilização do ultrassom na pós-cirurgia plástica é a aceleração da cicatrização, alcançar força tensil normal e até mesmo a prevenção de cicatrizes hipertróficas e queloides. O uso do ultrassom proporciona significante aumento do número de fibroblastos, aceleração da fase inflamatória e contração da ferida. Para a aceleração do reparo tecidual da pele recomenda-se o uso do ultrassom no modo pulsado (Relação 1:5, 20%), utilizando uma frequência 3 MHZ, com intensidade abaixo de 0,5 W/cm², na fase proliferativa (3 dias após a lesão), efeito térmico do ultrassom pulsado de intensidade de 0,5 W/  cm2, com aumento de 30% da quantidade de colágeno. (10,11)

Juntamente com esses recursos abordados acima, há alguns ativos tecnológicos que já são bastante utilizados no pré e pós cirurgia plástica. Segue abaixo:

– Quitosana: vem sido amplamente estudada como agente de promoção da cicatrização, além de importante ação antibacteriana e analgésica. Deve-se ter precaução no uso da quitosana para pacientes alérgicos a camarão e crustáceos. (12)

Calêndula: promove ação antibacteriana e anti-inflamatória, promovendo alívio imediato de eritemas e rachaduras, auxiliando o processo de cicatrização. (13)

Vitamina E: ação antioxidante e umectante. A vitamina E retarda a formação de peróxidos como a oxidação de lipídios, reduzindo o processo de envelhecimento celular. A ação umectante da vitamina E oleosa promove a hidratação profunda do estrato córneo, reduzindo a perda de sais minerais e água, mantendo a pele saudável. (14)

– Óleo de Framboesa: rico em vitaminas, minerais, ômega 3, 6 e 9 que promovem a reparação epidérmica de tecidos lesionados, possui ação anti-inflamatória e forma uma barreira protetora no local que promove a hidratação tecidual, importante para o processo de cicatrização. (15)

Aloe Vera: rica em polissacarídeos, esteróides naturais e aloína que promovem ação hidratante, analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante. (16)

– Óleo de Melaleuca: utilizado como antibacteriano, antifúngico e anti-inflamatório, proveniente da ação dos compostos terpênicos presentes nas folhas e galhos da planta. (17)

A riqueza de ativos cosméticos associados a eletrotermofoterapia, drenagem linfática, massoterapia e conhecimento das técnicas cirúrgicas, trazem resultados seguros, satisfatórios e eficazes.

 

REFERÊNCIAS

  1. Milani GB, João SMA,Farah EA. Fundamentos da Fisioterapia Dermato-Funcional: Revisão de literatura. Rev fisioter Pesqui. 2006; 13 (1):37-43.
  2. Mauad R, Mustafá SCMN, Banzato SG. A cirurgia do contorno corporal. 2 ed. São Paulo: ed. Senac, 2003.
  3. Pereira JSV. Introdução a Cirurgia Plástica e Reparadora. W Edcacional. 2011.
  4. Borges F. Dermato-funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Porte; 2006..
  1. Coutinho MM, Dantas RB, Borges FS, Silva IC. A importância da atenção fisioterapêutica na minimização do edema nos casos de pós-operatório de abdominoplastia associada à lipoaspiração de flancos. Rev Fisioter Ser. 2006; 1(4).
  1. Macedo ACB, Oliveira SM. A atuação da fisioterapia no pré e pós-operatório de cirurgia plástica corporal: uma revisão de literatura. Cadernos da Escola de Saúde, Curitiba,5: 169-189.
  2. FERREIRA, C. M.; D’ASSUMPÇÃO, E. A. Cicatrizes hipertróficas e queloides. Rev. Bras Cir Plas., 2006, v. 21, n. 1, p. 40-8.
  3. Zhou S, Schmelz A, Seufferlein T, Li Y, Zhao J, Bachem MG. Molecular mechanisms of low intensity pulsed ultrasound in human skin fibroblasts. J. biol. chem. 2004; 272(52):54463-69
  4. Domenico G, Wood E. Técnicas de massagem de Beard. São Paulo:Manole;1998.
  5. Young S, Dyson M. the effect of therapeutic ultrasond on angiogenesis. Ultrasound med boil. 1990; 16(3):261-9.
  6. Young S, Dyson M. The effect of therapeutic ultrasound on the healing of full thickness excised skin lesions. Ultrasonics. 1990; 28(3):175-80.
  1. DASH, M. et al. Chitosan—A versatile semi-synthetic polymer in biomedical applications. Progress In Polymer Science, v. 36, n. 8, p.981-1014, ago. 2011.
  2. KEMPER, K.. Calendula (Calendula officinalis). The Longwood Herbal Task Force, v. 1, n. 1, p.1-13, jul. 1999.
  3. RAMOS, G.i.; PÉREZ, D.a.. Antioxidantes en dermatología. Dermatología Cmq, Buenos Aires, v. 8, n. 4, p.272-277, out. 2010.
  4. OOMAH, B.dave et al. Characteristics of raspberry (Rubus idaeus L.) seed oil. Food Chemistry, [s.l.], v. 69, n. 2, p.187-193, maio 2000.
  5. HAMMAN, Josias. Composition and Applications of Aloe vera Leaf Gel. Molecules, [s.l.], v. 13, n. 8, p.1599-1616, 8 ago. 2008.
  6. COX, S. D. et al. The mode of antimicrobial action of the essential oil of Melaleuca alternifolia (tea tree oil). Journal Of Applied Microbiology, [s.l.], v. 88, n. 1, p.170-175, 25 dez. 2001

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