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Desmistificando os novos conceitos da nutrição

Mesmo com a popularização de hábitos alimentares que se apresentam como novas promessas do meio nutricional, deve-se consultar um profissional antes de qualquer alteração na dieta


Atualmente, a sociedade tem se voltado para novos conceitos na nutrição. Com o sucesso das redes sociais, diversas informações têm sido lançadas na internet, difundindo ideias, dietas e uma série de informações que muitas vezes estão incorretas ou incompletas. Devido a isso, muitas pessoas começaram a seguir indicações inadequadas e a se questionar do porquê determinada rotina alimentar pode funcionar para um, enquanto para outro não.

O hábito de comer de três em três horas, por exemplo, até alguns anos atrás, era indicado para toda a população com a justificativa de ser a rotina alimentar ideal. Contudo, tal afirmação gerou uma série de debates no meio nutricional e provou ser um mito. Todavia, este não é um caso isolado. A ingestão do glúten e da gordura em dietas também tem se tornado uma pauta cada
vez mais frequente no segmento clínico-funcional. Mas afinal, quais motivos levaram especialistas e cientistas a questionarem a eficiência e eficácia destes hábitos? Por que uns condenam, enquanto outros incentivam? O glúten é realmente o vilão da história? E a gordura, pode ou não pode ser consumida durante a dieta?

De acordo com a especialista nutrição funcional Elenice Moreira, consultar um profissional antes de qualquer autoprescrição é imprescindível. “Ao prescrever uma dieta, deve-se levar em consideração as necessidades reais do seu paciente, com base numa anamnese bem feita”, conta. A nutricionista ainda relata que não adianta seguir uma dieta que foi destinada e prescrita a outra pessoa. Afinal, elas devem atender às necessidades e rotina de cada paciente.

A prescrição de uma alimentação fracionada, na realidade, é indicada apenas em casos específicos, e o ideal é que se respeite a fome e a saciedade de cada indivíduo. “Ninguém deve se obrigar a comer, da mesma forma que ninguém deve se obrigar a passar fome. O ideal é seguir a individualidade biológica de cada um”, afirma a nutricionista Maria Vitoria Falcão, formada pelo Centro Universitário São Camilo, e especialista em Nutrição Clínica e Esportiva.

Contudo, caso o paciente possua o hábito de passar por diversas horas sem comer, há o risco de extrapolar a quantidade alimento que pode ser ingerida durantes as refeições. Devido a isso, em
alguns casos, a alimentação fracionada deve ser incentivada pelos profissionais. “Alimentar-se de três em três horas pode contribuir para que o paciente mantenha, com maior chance
de êxito, seu planejamento alimentar”, declara a profissional Elenice.

O hábito de fracionamento alimentar também pode ser prescrito de acordo com a rotina de exercícios e objetivo da dieta que é mantida pelo paciente. Segundo a profissional Maria Vitoria, quando há a necessidade de uma alta ingestão de comida, o ideal é o fracionamento da alimentação, pois o alto consumo durante uma única refeição pode causar “sobrecarga” e sucessivamente desconforto. “Quando há o objetivo de ganho de massa muscular, e há a necessidade de uma alta ingestão de comida, é ideal que se fracione a alimentação”, afirma.

Na realidade, o hábito de comer de três em três horas pode servir como uma espécie de auxílio no controle da alimentação, mas não necessariamente é um fator responsável por classificar uma dieta como bem sucedida. Entretanto, quando o debate gira em torno da gordura, deve-se prestar um pouco mais de atenção. No senso comum, o termo gordura substitui o termo lipídio; Tais “gorduras” são fundamentais para o funcionamento do corpo, pois estão presentes nas membranas celulares, e constituem as moléculas hormonais, além de fazerem parte da manutenção da temperatura corporal.

Algumas ramificações de lipídios, contudo, embora sejam essenciais ao organismo, não podem ser sintetizados por ele. Em consequência disso, sua forma de obtenção se dá
por meio de dietas. É possível citar, por exemplo, o Ômega-3. Por isso, para uma maior compreensão da importância da gordura na dieta alimentar, deve-se, primeiramente, compreender seu conceito e suas diferentes classificações.

A gordura está presente em diversas células e processos fisiológicos. São pequenas moléculas formadas por três ácidos graxos unidos e uma molécula de glicerol. Tais ácidos graxos
podem ser saturados, insaturados e trans. Os ácidos graxos saturados estão presentes em produtos de origem animal e vegetal, enquanto os insaturados podem ser encontrados
em óleos vegetais. Já os ácidos graxos trans são normalmente encontrados em carnes, leites e derivados. Há também a gordura hidrogenada, que é uma versão industrializada da
gordura trans, e que está associada a uma maior incidência de doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais.

“Quando falamos de gorduras naturais, estamos nos referindo àquelas que estão presentes naturalmente, como abacate, castanhas e azeite. Ao falar na adição de gordura, devemos
moderar e muito o consumo”, comenta Vitoria. Entretanto, caso o paciente apresente algum tipo de patologia, como pancreatite e hepatite, todo o consumo de lipídios deve ser cortado. Porém, se o paciente não possuir nenhum tipo de doença, e está em uma dieta de emagrecimento, a ingestão deve ser mantida dentro de suas necessidades metabólicas. “A retirada dos lipídios da dieta
deve ser feita de forma seletiva. Ou seja, devem ser retirados aqueles lipídeos que causam danos à saúde, como no caso das gorduras industrializadas”, acrescenta a nutricionista funcional.

O glúten, por outro lado, é completamente contraindicado quando o paciente apresenta predisposição genética para a doença celíaca, pois seu consumo se caracteriza como fator desencadeador da doença. “Neste caso, o consumo de glúten poderá ativar os genes pró-inflamatórios”, comenta Elenice. Ela ressalta, ainda, que a questão não é exatamente a ingestão de glúten, e sim seu consumo contínuo e exacerbado.

“Para quem não apresenta predisposição genética para a doença celíaca, alimentos que contem com sua composição podem ser consumidos, desde que haja rotatividade alimentar”, finaliza. Por isso, deve-se sempre consultar um profissional antes de qualquer autoprescrição e adoção de hábitos e rotinas alimentares. Apesar de diversos conceitos terem ganhado visibilidade na mídia, a questão principal é se cada um deles atenderá às suas necessidades e individualidade biológica. De nada adianta seguir dietas populares, ou aderir rotinas alimentares diferenciadas, se estas não são adequadas a você. Quando o tema é alimentação, pesquisa, questionamento e autoanálise são aspectos de suma importância.

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por p.maia

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