Tudo o que você precisa saber sobre a doença

Vocês já ouviram falar em dermatite seborreica? Com predominância no sexo masculino, é uma doença crônica que provoca vermelhidão e descamação da pele em algumas áreas, como couro cabeludo e sobrancelhas. recorrente de causa desconhecida que acomete até 3% da população e que pode ocorrer em todas as faixas etárias, desde os primeiros meses de vida até a idade adulta. “A dermatite seborreica tem atração por áreas ricas em glândulas sebáceas, além do couro cabeludo, ela pode surgir em regiões como a parte central da face, tórax e até nas dobras, como axila e virilha. Nas crianças, acometem as áreas de fraldas e por isso, pode haver confusão quanto o diagnóstico”, conta José Roberto Fraga Filho, médico dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Acredita-se que exista uma correlação entre o sebo interagindo com um fungo do gênero Malassezia (que acomete a camada superficial da pele). A dermatite seborreica não é contagiosa, mas estudos indicam que ela possui um fator hereditário predominante, ou seja, pode ser frequente em algumas famílias. Nos adultos, a forma mais clássica dos sintomas é a descamação no couro cabeludo conhecida como “caspa”, nos demais locais podem aparecer manchas vermelhas com descamação. Já nos recém-nascidos ocorrem escamas gordurosas grudadas no couro cabeludo, e nas faces e dobras, manchas avermelhadas com descamação.

Embora possa surgir em qualquer época do ano, no verão há um aumento natural da oleosidade e umidade, levando ao início do quadro, já no inverno, ela pode se agravar devido as baixas temperaturas e alguns hábitos, como banhos mais demorados e quentes, desidratando a pele, que em contrapartida, produz mais sebo para criar uma compensação.

Falando em hábitos, não existe cura para esta doença. “O tratamento visa diminuir a população de fungos do local e isso é possível através de cremes e shampoos receitados pelo dermatologista. Além disso, alguns cuidados podem evitar os fatores predisponentes, como manter as regiões afetadas secas, com pouca oleosidade, não usar roupas que retém o suor, diminuir o stress físico e emocional, manter uma dieta com pouco carboidratos, evitar o uso de álcool em excesso, cuidar da diabetes e obesidade, entre outros”, alerta o médico.

Então, a receita é cuidar da saúde e promover mais qualidade de vida para o dia a dia. A qualquer sinal de anormalidade, lembre-se da importância de procurar um profissional especializado para te auxiliar no tratamento mais adequado para cada situação.